Por ser uma mudança relativamente recente, o uso da placa do Mercosul nos veículos brasileiros ainda gera algumas incertezas.
Não é a primeira vez que o Brasil altera seu sistema de emplacamento. O país está passando pela quinta modificação, sendo a última delas realizada na década de 1990.
Cada uma dessas renovações foi feita por um motivo específico. Muita gente acha que a placa do Mercosul foi feita para aumentar o número de combinações alfanuméricas.
Mas, apesar de a placa ter ampliado a possibilidade de associações, essa não foi a principal razão para sua implementação, como mostraremos a seguir.
Se você tem dúvidas sobre quem deve substituir o emplacamento, o que muda com a nova placa e o que fazer para deixar a situação do veículo em dia, continue a leitura.
Fizemos esse conteúdo especialmente para você! A partir de agora, vamos explicar como funciona o sistema da placa do Mercosul e responder às dúvidas mais frequentes sobre o tema.
Qual é a proposta dessa nova placa do Mercosul?
As discussões sobre a placa do Mercosul começaram em 2010, em um encontro entre os líderes dos países permanentes do bloco econômico da América do Sul: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
A placa do Mercosul foi criada com o objetivo de unificar os sistemas de emplacamento de automóveis, seguindo a estratégia já seguida pelos países da União Europeia.
Uma identificação padronizada ajudaria a contornar um problema frequente nas fronteiras, que era a confusão e a demora no reconhecimento dos veículos, principalmente os de carga.
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As diferenças entre o modelo brasileiro e a placa do Mercosul
A princípio, a nova placa tem algumas diferenças em relação ao antigo modelo brasileiro. Ela possui uma marca d’água, um chip de Selo Fiscal Federal, o emblema do Mercosul, o nome e a bandeira do país.
Além das alterações no design, a nova placa Mercosul apresenta mudanças em relação à informação e segurança dos dados.
O tamanho da placa permanece o mesmo, com 13 centímetros de largura e 40 centímetros de comprimento, mas outras 4 características foram alteradas:
1. Letras e números
Até o início de 2020, os veículos brasileiros contavam com uma placa alfanumérica com sete caracteres, sendo três letras e quatro números, obrigatoriamente nessa sequência.
A placa do Mercosul também possui sete elementos, mas são quatro letras e três números, na seguinte ordem: três letras – um número – uma letra – dois números.
Pode parecer um detalhe pequeno, porém, estatisticamente, essa troca faz uma diferença enorme. O modelo anterior permitia 175 milhões de combinações, enquanto o novo possibilita 450 milhões.
2. Cores
A diferenciação das cores de carros particulares, táxis, veículos de colecionador ou de órgãos oficiais era feita pela cor do fundo da placa.
Não existe mais a variação na tonalidade do fundo, que passa a ser todo branco. O que muda na placa do Mercosul é a cor das letras, de acordo com a natureza do veículo.
Os veículos oficiais são identificados pelas letras azuis. As douradas são usadas para diplomatas, enquanto as prateadas são colocadas nos carros dos colecionadores.
O escrito em preto é feito para os carros de passeio, o vermelho para veículos comerciais e o verde para carros em teste.
3. Identificação do local
Essa foi uma das poucas medidas que gerou polêmica em relação às substituições feitas na placa do Mercosul.
Muitos brasileiros adoram olhar para os carros e descobrir a cidade de onde eles vêm. Mas com o novo emplacamento essa informação não fica tão evidente.
O nome das cidades foi retirado da parte superior, que passou a conter apenas o nome e a bandeira do país de origem.
O brasão do município e a bandeira do estado ficam localizados abaixo da bandeira do país, em uma proporção menor.
4. QR Code
Uma das principais novidades da nova placa Mercosul é o QR Code. Ele é inserido no canto esquerdo da placa e serve para facilitar o acesso a informações importantes do veículo.
Ao escanear o código, é possível ver, de forma mais visível e nítida, o ano de fabricação, o status da documentação, bem como o número do chassi, a marca e o modelo do carro.
A segurança dos dados é garantida, pois apenas pessoas registradas no Detran podem ter acesso aos registros criptografados.
O QR Code é especialmente importante em caso de roubo ou furto, pois as autoridades conseguem rastrear o veículo com maior precisão e rapidez.
A obrigatoriedade da troca no Brasil
Apesar de já estar em vigor desde o início de 2020, a placa do Mercosul ainda não é obrigatória para todos os veículos, e ainda não há previsão de quando as alterações serão necessárias.
Entretanto, os carros que foram adquiridos depois da data em que foi assinado o tratado da nova placa já saem da concessionária com a placa do Mercosul.
Mas se você possui um carro de passeio que foi emplacado antes de 2020, não há a necessidade de fazer a troca, a não ser que você mude de cidade.
Os outros casos que exigem a troca da placa antiga pela nova são transferência de proprietário, troca de categoria e problemas como roubo, furto ou danificação da placa.
Contudo, mesmo não sendo um item obrigatório ainda, muitos motoristas já estão optando por adquirir a nova placa Mercosul.
Para fazer as modificações, o proprietário do veículo deve ir até o Detran do seu município para iniciar o procedimento.
Qual o valor da placa do Mercosul
O valor da placa do Mercosul não foi definido pelo Ministério da Infraestrutura e, por isso, a taxa varia de acordo com o estado onde o veículo será emplacado.
De acordo com a tabela do Denatran, em São Paulo, por exemplo, a placa mais econômica custa entre R$179 e R$190 para carros particulares.
Enquanto isso, o preço do emplacamento no estado do Amapá pode chegar a R$500. Os valores podem ser confirmados no Detran de cada cidade.
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