Seja no trânsito do dia a dia ou até mesmo nas longas viagens, os motoristas estão sempre em busca de maneiras de economizar combustível.
Uma prática comum entre os condutores é andar em ponto morto, acreditando que essa técnica ajuda na economia — mas será que o ato realmente economiza combustível?
Neste artigo, você confere todas as informações por trás dessa prática, analisando suas implicações e desvendando os mitos associados ao ponto morto na direção. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
Andar no ponto morto, também conhecido popularmente como “andar na banguela”, refere-se à prática de colocar o veículo em ponto morto (ou neutro) enquanto está em movimento, geralmente em descidas.
A ideia é que, ao desengatar a marcha, o motor do carro estará em um estado de repouso relativo, supostamente reduzindo o consumo de combustível. Acompanhe os próximos tópicos para descobrir se a prática é realmente verdadeira!
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, andar no ponto morto não economiza combustível. Na verdade, em muitos casos, essa prática pode ser até mesmo irresponsável e causar acidentes. Vamos entender o porquê?
Nos carros modernos, por exemplo, equipados com sistemas de injeção eletrônica, o motor gerencia o consumo de combustível de maneira mais eficiente quando está engrenado.
Quando o veículo está em descida e a marcha está engatada, o sistema de injeção eletrônica corta o fornecimento de combustível para o motor, permitindo que o carro aproveite a inércia da descida sem gastar gasolina.
Por outro lado, ao colocar o veículo em ponto morto, o motor ainda precisa consumir combustível para manter o regime de marcha lenta, resultando em um consumo contínuo e desnecessário de gasolina.
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Além da ineficiência no consumo de combustível, outro ponto sobre andar com o veículo no ponto morto é comprometer o controle do veículo.
Nesse sentido, com o carro desengatado, o motorista perde a capacidade de usar o freio motor, aumentando a dependência dos freios convencionais. Em descidas longas ou íngremes, isso pode levar ao superaquecimento dos frios, aumentando o risco de falha e, consequentemente, de acidentes.
Além disso, a prática de andar no ponto morto também reduz a capacidade de resposta do carro em situações de emergência.
Com o veículo desengatado, é mais difícil acelerar rapidamente para evitar um obstáculo ou mudar de direção de forma eficaz, colocando a segurança do motorista e dos passageiros em risco.
Deu para entender por que a prática não é uma boa opção e, definitivamente, não colabora com a economia de combustível?
Além da prática não ser recomendada, o uso do ponto morto também é considerado uma infração média, com multa para o condutor, de acordo com o inciso IX do artigo 231 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
No inciso, o CTB indica a proibição de andar com veículos desligados ou desengrenados, em declive. É importante ressaltar, inclusive, que a proibição é válida para todos os tipos de veículos, incluindo caminhões e motocicletas.
De forma geral, a crença de que andar no ponto morto economiza combustível é um resquício dos tempos em que os carros possuíam carburadores em vez de injeção eletrônica.
Nos veículos carburados, havia um ligeiro benefício em termos de consumo de combustível ao colocar o carro em ponto morto, especialmente em descidas. No entanto, essa técnica se tornou obsoleta com o advento da injeção eletrônica, que gerencia o consumo de combustível de forma mais eficiente e inteligente.
A falta de conhecimento sobre como os sistemas do veículo e a mecânica automotiva no geral funcionam também contribui para a persistência dessa crença.
Em resumo, andar em ponto morto não economiza gasolina e, além disso, compromete a segurança e o desempenho do veículo.
A evolução da tecnologia automotiva, especialmente com a introdução dos sistemas de injeção eletrônica, tornou essa prática obsoleta e até mesmo prejudicial.
Para economizar combustível de maneira eficiente, os motoristas devem focar em outras práticas, como:
Essas técnicas, combinadas com um entendimento claro do funcionamento do veículo, garantirão uma direção mais econômica e segura.
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